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Em qualquer grupo, seja familiar, social ou eclesiástico há uma distribuição de papéis, consciente ou inconsciente. As pessoas levam seu universo pessoal ao grupo, composto pela sua característica de personalidade e vivências pessoais. No processo de interação atuará e reagirá, influenciará e sofrerá influência do grupo.
Há quem exerça papel de “bode expiatório”. Este torna-se o depositário das mazelas do grupo. A explicação dos fracassos estão projetadas nele; é o “ovelha negra” da família. Há quem exerça o papel de “contestador”.
Há momentos que a contestação é necessária e construtiva, mas pode ser apenas de ordem obstrutiva e maligna. Pratica-se contestação por puro antagonismo, seja movido pelo pessimismo ou miopia.
Há quem exerça papel de “radar”, captando as ansiedades latentes do grupo. Este não conseguindo ser continente de angústias, explode em forma de doenças físicas, explosões de raiva, estresses e outras formas.
Há quem seja “instigador”. Provoca perturbação no grupo, intrigas, fofocas, reclamações, mobilizando papéis nos outros. Reproduz no grupo o que há dentro de si.
Há quem seja o “atuador pelos demais”. Este consiste de reproduzir negativamente o que os demais não têm coragem ou lhes é proibido. Há um prazer nos demais membros com os erros e “atrevimentos” deste “rebelde”.
Há quem faça o papel de “sabotador”. Este procura criar obstáculos para o bom andamento dos projetos do grupo ou instituição. É movido pela inveja, ciúme e defesas narcisisticas.
Há quem exerça o papel de “vestal”, aquele que zela pela manutenção da “moral e bons costumes”. O que pode ser bom, mas levado a extremo torna-se um “patrulheiro” que tenta obstruir qualquer movimento legítimo no sentido da inovação, criatividade e desenvolvimento.
Há aquele que exerce papel de “cooperador”. Este pode ser líder formal ou informal. Tem consciência da heterogeneidade do grupo, sabe usar a diferença para somar forças; conhece o objetivo do grupo e compromete-se com ele para alcançá-lo; tem sabedoria para discernir o momento e as circunstâncias e a hora certa de comunicar-se para aplicar o conhecimento, dando importante contribuição. Este aceita a liderança formal, sabe unir-se e canalizar sua energia e influência de forma positiva. Sabe os seus limites e respeita cada integrante nos seus diferentes papéis.
Quando os papéis são funcionais, nos sentimos motivados e pertencentes ao grupo; mantemos uma atmosfera leve e saudável, alimentamos um clima positivo na organização, alcançamos os objetivos e o nome de Deus é glorificado.
Pr. Onésimo F. da Silva
Presidente do Conselho Geral da IEAB