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fev
Quando demonstramos ser alguém, como que numa versão para consumo em determinado ambiente, mas em outro assumimos uma postura totalmente oposta.
Quando devoramos quem no fundo admiramos e desejamos seus talentos, lugares e oportunidades.
Quando somos críticos ácidos, contumazes e sistemáticos de determinados comportamentos, mas no avesso escondemos o que está sublimado ou reprimido; geralmente o que mais criticamos parece ser um reflexo do que está dentro de nós mesmos, só que geralmente se manifesta de outra forma. Como “não conseguimos” lidar com a gente mesmo e com aquilo que em nós condenamos, pois causa muita dor, projetamos e passamos a esmerilhar o outro. Quando selecionamos alguns comportamentos e por eles brigamos, mas nos fazemos de cegos a outros mais importantes.
Quando exortamos, repreendemos, ensinamos, mas não conseguimos generalizar o conhecimento para outras esferas da vida e não conseguimos demonstrar coerência entre o que dizemos crer e o que praticamos.
Dentre os ambientes, o religioso ironicamente está entre os mais férteis para proliferação da falsidade; pelas expectativas elevadas, conveniências, reputação, ou seja, pela preocupação sobre o que vão pensar de nós, pois reputação é o que dizem sobre nós e caráter é o que Deus sabe que somos, pela carência de aceitação e aprovação do outro.
Muitas comunidades se tornam um lugar de atiradores de pedras. Curamos isso quando crescemos na consciência da graça, na capacidade de confrontar sabia e humildemente, na admissão, confissão, perdão, aceitação, amor e liberdade, pois a liberdade não corrompe, mas traz à tona, o que sempre esteve no fundo do coração em forma de desejo.
Como disse Agostinho: Conhece-te, aceita-te, supera-te.
Vamos ser mais verdadeiros!
Pr. Onésimo F. da Silva
Presidente do Conselho Geral da IEAB
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