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nov
A responsabilidade do plantio é nossa, mas quem dá o crescimento é Deus. Os métodos e a contextualização não prescindem da fundamentação bíblica.
Se por um lado não devemos tentar esconder a apatia, preguiça, comodismo, indiferença, falta de compaixão pelas vidas, por trás de um pseudo-fundamentalismo teológico, por outro, não podemos em nome de um suposto crescimento e de melhores resultados numéricos, usarmos qualquer forma ou método pragmático.
Muitos escondem por trás do discurso de “ganhar almas pra Jesus” o desejo de auto-afirmar-se como sujeito bem sucedido, num perigoso vale tudo. Para nós os fins não justificam os meios. A práxis e a teologia não poderão se divorciar jamais, sem graves conseqüências. Não nos fundamentamos naquilo que funciona.
Toda ação e processo de semeadura devem ser bíblica e teologicamente corretos e serão conseqüentemente eficazes. O evangelho deve ser comunicado de forma relevante e contextual. Isso significa uma mensagem compreensível aos ouvintes, impactante e que apela por transformação humana. Ao mesmo tempo fiel às escrituras e teologicamente fundamentada.
Quando assim fazemos, não caímos no erro do entretenimento religioso, do sincretismo religioso, muito comum em nossos dias, e do nominalismo evangélico, em que pessoas passam a confessar que são evangélicas, sem, entretanto, passar por uma verdadeira conversão. Por meio dos diferentes dons comunicamos o evangelho de diferentes formas e estilos, respeitando os aspectos da cultura local, mas sem a perda do conteúdo teológico.
O evangelista transforma qualquer tipo de conversa em um diálogo sobre Jesus. Os apóstolos são enviados a diferentes grupos; os profetas olham o momento histórico e, percebem o que está acontecendo trazendo a palavra de Deus como resposta, confrontando; os pastores-mestres ensinam de modo didático para evitar o erro de modo preventivo. Porém, todos têm o mesmo propósito: equipar os santos para o exercício do ministério e assim edificar o corpo de Cristo.
Que Deus nos ajude a servirmos no difícil ponto de equilíbrio.
Pr. Onésimo F. da Silva
Presidente do Conselho Geral da IEAB
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