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Existem igrejas históricas, reformadas, pentecostais clássicos, neopentecostais, comunidades locais, dentre outras classificações.
Existem diferentes nomes e sobrenomes: livre, independente, conservadora, regular, avivada, da promessa, renovada e vários outros. Existe hoje uma infinidade de denominações.
Claro que existe legitimidade e propósito de Deus nas diferentes matizes cristãs evangélicas de origem protestante.
Há motivos legítimos pelos quais um grupo se organiza e justifica a razão de sua existência. O próprio Deus na sua multiforme graça e sabedoria, usa as diferentes personalidades grupais com suas características distintas para alcançar diferentes grupos e dar diferentes ênfases e suprir diferentes necessidades. Porém esses grupos têm em comum uma coluna da verdade fundamental em torno da qual todos orbitam.
Algumas estão mais perto e outras mais longe dessa coluna. Existem igrejas que nascem por motivos fortemente ideológicos e por compreensões doutrinárias, teológicas, litúrgicas, administrativas e de usos e costumes peculiares. Porém, temos de admitir que existem muitos grupos que surgem e se organizam por motivos ilegítimos. Surgem por questões pessoais, a partir de líderes com pequenas discordâncias sobre questões irrelevantes e que são suficientes para uma divisão e para fundarem suas próprias “igrejas”. Geralmente fazem isso com argumentos tingidos de super espiritualidade, sempre em nome de Deus, claro, argumentam e afirmam que Deus falou, revelou e que esta é a vontade de Deus. Argumentam que tudo estaria debaixo de muita oração, mas geralmente com pouco discernimento, sabedoria e submissão. Tudo sempre em nome de uma suposta “pureza” doutrinaria e de intenções baseadas em supostas revelações e coisas do gênero. Quando na verdade uma boa parte traz de forma velada a sede de poder. Esconde no peito um desejo de ser independente, fazer e acontecer, pois, tem a “visão”, aguardando apenas o momento oportuno de se manifestar. Geralmente são lideres que não se submetem a ninguém e querem criar o seu próprio grupo para “reinar soberano” sobre o mesmo. Geralmente são lideres egoístas, cheios de vaidade, orgulho, narcisismo e arrogância, cujo Deus é o próprio ventre. Muitos Cristãos bem intencionados, mas pouco informados, acompanham tais líderes.
Em meio a tantas denominações já existentes , numa história da igreja cristã de dois mil anos, a cada dia surgem mais e mais denominações tidas como evangélicas. Como se nenhuma já existente fosse adequada, surge sempre a ideia da igreja exclusiva, suprassumo da verdade. Muitas destas não passam de organizações privadas de famílias, vulneráveis a heresias e que não farão nada além de manterem a si mesmas, numa retroalimentação de carências e trocas mutuas, povo-líder: “Dou o que você precisa e você faz o que eu desejo”. Quando o povo é maduro e não se deixa alienar, mantém uma submissão inteligente, consciente e lúcida em relação à liderança. Ama pessoas e valoriza a instituição buscando nela ganhar raízes e por ela fazer história.
A denominação ajuda pessoas no processo de amadurecer, superar problemas, proteger valores, a tradição e não o tradicionalismo. Cumprir as normas e regras e sujeitar-se à autoridade colegiada. Alguns argumentam que placa de igreja não salva ninguém e, que qualquer uma serve. De fato denominação em si não salva ninguém, quem salva é Cristo, porém, a denominação é organização e expressão do organismo vivo, o corpo de Cristo, habitado pelo Espírito e está a serviço do Salvador Jesus. Por meio dela unimos forças, viabilizamos projetos e fazemos o que nunca faríamos sozinhos. Instituição eclesiástica nenhuma é perfeita, mas é necessária e deve ser saudável e unida a fim de proteger pessoas líderes de caírem em muitos erros, além de proporcionar caminhada segura, estruturada e perseverante. Nela vivemos o imperativo de servirmos e de nos sujeitarmos uns aos outros prestando contas. No verdadeiro cristianismo ninguém segue carreira solo.
Valorize a sua denominação, persevere e lute por ela como expressão do Reino de Deus na terra.
Pr. Onésimo F. da Silva
Presidente do Conselho Geral da IEAB
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