O Triunfo da Graça e a Necessidade da Fé em Cristo

Baseado em João 3.13-21

Jesus revela a Nicodemos uma verdade profunda: a salvação vem por meio da graça e exige uma resposta de fé genuína. Ao fazer referência à serpente de bronze erguida por Moisés no deserto (Nm 21.4-9), Jesus estabelece uma tipologia poderosa de sua própria missão redentora. Assim como os israelitas mordidos pelas serpentes eram curados ao olhar para a serpente de bronze, todos os que olham com fé para Cristo crucificado são libertos do veneno mortal do pecado.

No centro dessa mensagem está João 3.16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” O amor de Deus é a fonte da graça redentora. Ele enviou Jesus não para condenar o mundo, mas para salvá-lo. A cruz é a manifestação suprema dessa graça: Cristo tomou sobre si nossos pecados, tornou-se maldição por nós (Gl 3.13) e ofereceu cura espiritual à humanidade.

Porém, a graça, embora oferecida a todos, requer uma resposta de fé. Jesus declara que “quem crê nele não é condenado, mas quem não crê já está condenado” (Jo 3.18). A fé aqui não é apenas um assentimento intelectual, mas uma entrega total e confiante a Cristo. É reconhecer que sem Ele estamos mortos espiritualmente e que somente Sua obra na cruz pode nos dar vida eterna.

Além disso, essa passagem apresenta uma realidade espiritual desconcertante: “os homens amaram mais as trevas do que a luz” (Jo 3.19). A graça de Deus expõe nossas obras e nos convida à transformação. Quem pratica a verdade vem para a luz, não por mérito próprio, mas porque suas obras são feitas em Deus (Jo 3.21).

Portanto, o triunfo da graça se revela na cruz, onde Cristo foi “levantado” para nos resgatar. A necessidade da fé em Cristo é urgente e inegociável. Somente ao olharmos para Ele com fé somos curados do pecado, restaurados à comunhão com Deus e capacitados a viver em sua luz.

Que possamos, então, abraçar a graça de Cristo com fé genuína, confiando inteiramente em Sua obra redentora e vivendo de modo que nossas vidas manifestem a luz e o amor de Deus.

Por Pr. Aquila Alexandro Barrios
Secretário Geral de Finanças da DGCEC