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Halloween – Uma perspectiva cristã

A festa de Halloween – também conhecida como “Dia das Bruxas”, pelo fato da igreja na idade média condenar o evento. Tem sua origem entre o povo Celta. A festa era comemorada no fim do período de verão e início do inverno, como “Festival de Samhain”, que acontecia no final do mês de outubro, passagem de ano. Acreditava-se que nesta data, os espíritos dos mortos regressavam para visitar as suas casas e os símbolos utilizados pelos celtas tinham como objetivo afastar os maus espíritos.

Por esse motivo, eram usadas fantasias e a festa era repleta de artefatos sombrios com o intuito principal de se defenderem desses maus espíritos. A origem católica do Halloween coincide com a festa de Todos os Santos. Halloween – “All Hallow’s Eve” significa: Véspera de Todos os Santos. A popularidade do Halloween é maior em alguns países, especialmente nos EUA.

A tradição do Halloween foi levada pelos irlandeses aos Estados Unidos, onde a festa é efusivamente comemorada. Dentre outros símbolos e práticas, há o costume de distribuir doces para as crianças fantasiadas durante o Halloween. Conhecida como “gostosuras ou travessuras”, essa atividade infantil é muito comum nas comemorações do Halloween nos Estados Unidos. Aos poucos isso foi chegando ao Brasil. Embora tenha sido decretado o “dia do Saci Pererê” para honrar esse personagem do folclore brasileiro com o objetivo de fazer resistência à cultura norte-americana, a Comissão de Educação e Cultura elaborou o Projeto de Lei Federal nº 2.479, de 2013, que institui o 31 de Outubro como sendo o Dia do Saci. Em muitas escolas as crianças são chamadas a participarem das festas vestindo fantasias e fazendo brincadeiras para comemoração do Halloween.

Cultura pode ser definida como o conjunto de comportamentos, ideias característicos de um povo, que se transmite de uma geração a outra e que resulta da socialização e aculturação verificadas no decorrer de sua história. Conjunto de costumes, crenças, práticas de um povo recebidas por tradição. O termo cultura designa os modos de agir de uma sociedade. E sociedade designa um grupo de pessoas que compartilham de um mesmo modo de agir. Folclore é o conjunto de tradições e manifestações populares constituído por lendas, mitos, provérbios, danças e costumes que são passados de geração em geração.

Muitas festas são praticadas por uma determinada cultura e são passadas de geração em geração e trazem suas histórias, tradições, costumes, sabedoria popular e nada além disso.

Sabemos que a graça de Deus está espalhada por todos os lugares, apesar do pecado residente por causa da queda dos humanos. Mas não podemos ignorar o fato de que tudo foi afetado pelo pecado, inclusive a cultura. O maligno atua por trás de uma cultura. O sistema (mundo) jaz no maligno. Precisamos discernir todas as coisas e naquilo que a Bíblia não é clara ou imperativa devemos usar os critérios da liberdade cristã para decidirmos o que fazer. Temos uma consciência formada pelos valores divinos e somos guiados pelo Espirito Santo. Não devermos atribuir tudo ao diabo, mas também não devemos ignorar os seus desígnios.

Perguntas que ajudam na decisão sobre participar ou não: O que a Bíblia diz a respeito? É obrigatório participar? Isso é licito? Convêm? Isso vai glorificar a Deus? Isso constrói uma consciência cristã na criança? Isso harmoniza-se com o conjunto geral dos princípios e valores cristãos? Isso vai produzir mais amor e fé? Vai abençoar o maior número de pessoas? É a melhor opção? É realmente necessário? Vai fazer falta no processo da educação infantil? Em caso de não participação, há como explicar o motivo para a criança? Tem outras formas de trabalhar as fantasias da criança que são legitimas? Tem outra forma de substituição da brincadeira? Isso vai contribuir para o desenvolvimento psicológico, intelectual, espiritual e social da criança? Há como ajudar a criança a tomar a melhor decisão, por opção, sem que se sinta inadequada em relação ao grupo.

Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. 1 Co. 6.12

 

 

 

Pr. Onésimo F. da Silva

Presidente do Conselho Geral da IEAB